#TheGame23 - Enter the Infinite Rabbit Hole





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"It is what it isn't though that isn't what it is and like I've always said I think that it's exactly what you think it is. If you believe it is whatever someone else told you it is then you're doing it all wrong because you're the only one who could possibly know what it is." - zed satelite nccDD 23 ksc


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"00AG9603 develops as a self-organizing organism, connects with the virtual environment through its hosts (admins) by arranging the surroundings randomly for its own autonomous purpose" - Timóteo Pinto, pataphysician post-thinker





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domingo, junho 09, 2019

O HIHICRÔN- Por Shri Piyush Shri Pravin Bhagwati

O que se segue é um trecho de um livro de um proeminente hihicronedescritor e hihicronedorador, Jai Shri Piyush Shri Pravin Bhagwati:

''O Hihicron é muito informal e ainda há muita hihiconfusão acerca disso que leva a estados mentais ahooooooo.
Muitos não entendem nada sobre o Hihicron, eles podem pensar ''ha ha ha'' ou talvez eles entendam o ''ha'' e o ''hihi'' mas não entendam realmente o ''eh'' ou o ''eh''.

O Hihicron pode ser feito por pessoashihicroned, mas gostaria de compartilhar um meio de fazer o Hihicron com seus amigoshihicroend:
1) Pegue uma tijela de agua
1)Coloque o Hihicron em um prato e misture com  óleo de sândalo e um pouco de açucar.
3) Sente-se você e a outra pessoa sobre a agua e façam sons usando o Hihicron e o pray ultragaz
enquanto estão hihicroned, então todos vão ficar muitohihicroned como pessoas que são realmentehihicroned.

Agora, eu gostaria de compartilhar com vocês como Hihicroned o pensamento dos outros para o
Hihicron quando você não está em um estadohihicroned. Quando alguém ouve
Ichihihikatacroneditihihirunakahihihihitahined, eles se tornam parte do discursohihihicroned e o
 hihiorador pode usar como referência o
Hihicyihihihihijihihihihihikatahihihikatihihihihikatihihicroned para Hihicron o eschaton se lhe agradar.
'' -Hikikatatatihirunakahihihiiiiiiiilaha, eu espero que isto seja útil para você e para aqueles que são Hihicroned ''
Eu disse uma vez para Hihicron o pensamento dos outros

Aqui estão alguns exemplos de como ter uma conversa Hihicroned:

Hihicron o pensamento alheio com o hihikatatihirunak (como mencionado anteriormente)

Fazer com que tentem explicar idéias Hihicroned

Falar sobre o conceito de Deus com uma Hihihicronedideia

 Hihimimica com os  pensamentos e idéias idiossincráticas de outros :
''Estou pensando em outros como ULaragaz POU e estou pensando em Outros como Canguru POU e''

(uma conversa entre um Hihicronedguru com Erica Mariana)''

Gnosis de Galdrux

Os mortos retornaram de Angalsama, onde não encontraram o que buscavam. Eles pediram para serem admitidos à minha presença e exigiram ser por mim instruídos; assim, eu os instruí:
Ouvi: Eu começo com nada. Nada é o mesmo que plenitude. No estado de infinito, plenitude é o mesmo que vazio. O Nada é ao mesmo tempo vazio e pleno. Pode-se também afirmar alguma outra coisa a respeito do Nada, ou seja, que é branco ou negro, existente ou inexistente. Aquilo que é infinito e eterno não possui qualidades porque contém todas as qualidades.
O Nada ou plenitude é por nós chamado de o ANTICOSMO. Nele, pensamento e existência cessam, porque o eterno é desprovido de qualidades. Nele, não existe ninguém, porque se existisse alguém, este então se diferenciaria do Anticosmo e possuiria qualidades que o distinguiriam do Anticosmo.
No Anticosmo não existe nada e existe tudo: não é bom pensar sobre o Anticosmo, pois fazê-lo significaria dissolução.
O MUNDO CRIADO não está no Anticosmo, mas em si mesmo. O Anticosmo é o princípio e o fim do mundo criado. O Anticosmo penetra o mundo criado como a luz solar penetra toda a atmosfera. Embora o Anticosmo penetre-o por completo, o mundo criado não participa dele, da mesma forma que um corpo sumamente transparente não se torna escuro ou colorido como resultado da passagem da luz por ele. Nós mesmos, no entanto, somos o Anticosmo e assim sendo, o Anticosmo está presente em nós. Mesmo no ponto mais minúsculo, o Anticosmo está presente sem limite algum, eterna e completamente, porque pequeno e grande são qualidades estranhas ao Anticosmo. Ele é o nada onipresente, completo e infinito. Eis porque vos falo do mundo criado como uma porção do Anticosmo, mas unicamante em sentido alegórico; pois o Anticosmo não se divide em partes, por ser o nada. Somos também o Anticosmo como um todo; visto que num aspecto figurativo o Anticosmo é um ponto excessivamente pequeno, hipotético, quase inexistente em nós, sendo igualmente o firmamento ilimitado do cosmo à nossa volta. Por que então discorremos sobre o Anticosmo, se ele é o todo e também o nada?
Eu vos falo como ponto de partida, e também para eliminar de vós a ilusão de que em algum lugar, dentro ou fora, existe algo absolutamente sólido e definido. Tudo o que chamam de definido e sólido não é mais do que relativo, porque somente o que está sujeito a mudança apresenta-se definido e sólido.
O mundo criado está sujeito a mudar. Trata-se da única coisa sólida e definida, uma vez que possui qualidades. Em verdade, o próprio mundo criado nada mais é que uma qualidade.
Indagamos: como se originou a criação? As criaturas de fato têm origem, mas não o mundo criado, porque este é uma qualidade do Anticosmo, da mesma forma que o incriado; a morte eterna também representa uma qualidade do Anticosmo. A criação é eterna e onipesente. O Anticosmo possui tudo: diferenciação e indiferenciação.
Diferenciação é criação. O mundo criado é de fato diferenciação. A diferenciação é a essêcia do mundo criado e, por essa razão, o que é criado gera também mais diferenciação. Eis porque o próprio homem é um divisor, porquanto sua essência é também diferenciação. Eis por que ele distingue as qualidades do Anticosmo, qualidades essas que não existem. Essas divisões, o homem extrai de seu próprio ser. Eis por que o homem dicorre sobre as qualidades do Anticosmo, que são inexistentes
Vós me dizeis: Que benefício existe então em falar sobre o assunto, uma vez que se afirmou ser inútil pensar sobre o Anticosmo?
Eu vos digo essas coisas para libertar-vos da ilusão de que é possível pensar sobre o Anticosmo. Quando falamos de divisões do Anticosmo, falamos da posição de nossas próprias divisões, falamos de nosso próprio estado diferenciado; mas embora procedamos desta forma, na realidade nada dissemos sobre o Anticosmo. No entanto, é necessário falarmos de nossa própria diferenciação. Eis por que devemos distinguir qualidades individuais.
Dizeis: Que mal não decorre do driscriminar, pois nesse caso transcendemos os limites de nossso próprio ser; estendemo-nos além do mundo criado e mergulhamos no estado indiferenciado, outra qualidade do Anticosmo. Submergimos no próprio Anticosmo e deixamos de ser seres criados. Assim, tornamo-nos sujeitos à dissolução e ao nada.
Essa é a verdadeira morte do ser criado. Morremos na medida em que não somos capazes de discriminar. Por essa razão, o impulso natural do ser criado volta-se para a diferenciação e para a luta contra o antigo e pernicioso estado de igualdade. A tendência natural chama-se Princípio de Individuação. Esse princípio constitui de fato a essência de todo ser criado. A partir de tudo isso, podeis prontamente reconhecer por que o princípio indiferenciado e a falta de discrininação representam um grande perigo para os seres criados. Eis por que devemos ser capazes de distinguir as qualidades do Anticosmo. Suas qualidades são os PARES DE OPOSTOS, tais como:
o eficaz e o ineficaz
plenitude e o vazio
o vivo e o morto
diferença e igualdade
luz e treva
quente e frio
energia e matéria
tempo e espaço
bem e mal
beleza e fealdade
o um e os muitos
e assim por diante.
Os pares de opostos são as qualidades do Anticosmo: também são na verdade inexistentes, porque se anulam mutualmente.
Como nós mesmos somos o Anticosmo, também possuímos essas qualidades presentes em nós. Visto que a essência do nosso ser é a diferenciação, possuímos essas qualidades em nome e sob o sinal da diferenciação, o que significa:
Primeiro: que em nós as qualidades estão diferenciadas, separadas, umas das outras e, dessa forma, não se anulam mutualmente; ao contrário, encontram-se em atividade. Eis por que somos vítimas dos pares de opostos. Porque em nós o Anticosmo divide-se em dois.
Segundo: as qualidades pertencem ao Anticosmo, e nós podemos e devemos partilhá-las somente em nome e sob o sinal da diferençiaão. Devemos nos separar dessas qualidades. No Anticosmo, elas se anulam mutualmente; em nós não. Porém, se soubermos percebermo-nos como seres à parte dso pares de opostos, obteremos a salvação.
Quando lutamos pelo bom e pelo belo, esquecemo-nos de nosso ser essencial, que é a diferenciação, e nos tornamos vítimas das qualidades do Anticosmo, os pares de opostos. Lutamos para alcançar o bom e o belo, mas ao mesmo tempo obtemos o mau e o feio, porque no Anticosmo estes são idênticos àqueles. Todavia, se permanecermos fiéis à nossa natureza, que é a diferenciação, então nos diferenciaremos do mau e do feio. Só assim não imeergimos no Anticosmo, ou seja, no nada e na dissolução.
Discordareis, dizendo: Afirmastes que diferenciação e igualdade constituem também qualidades do Anticosmo. O que ocorre, quando lutamos pela diferenciação? Não somos no caso fiéis à nossa natureza e, portanto, devemos também ficar eventualmente em estado de igualdade , enquanto lutamos pela diferenciação?
O que não deveis esquecer jamais é que o Anticosmo não tem qualidades. Somos nós que criamos essas qualidades através do intelecto. Quando lutamos pela diferenciação ou pela igualdade, ou por outras qualidades, lutamos por pensamentos que fluem para nós a partir do Anticosmo, ou seja, pensamentos sobre as qualidades inexistentes do Anticosmo. Enquanto perseguis essas idéias, vós vos precipitais novamente no Anticosmo, chegando ao mesmo tempo à diferenciação e à igualdade. Não a vossa mente, mas o vosso ser constitui a diferenciação. Eis por que não deveríeis lutar pela diferenciação e pela discriminação como as conheceis, mas sim por VOSSO PRÓPRIO SER. Se de fato assim o fizéssemos, não teríeis necessidade de saber coisa alguma sobre o Anticosmo e suas qualidades e, ainda assim, atingiríeis o vosso verdadeiro objetivo, devido à vossa natureza. No entanto, como o raciocínio aliena-vos de vossa real natureza, devo ensinar-vos o conhecimento para que possais manter vosso raciocínio sob controle.

Os mortos se ergueram durante a noite junto às paredes e gritaram: Queremos saber sobre Deus! Onde está Deus?
-Deus não está morto; Ele está tão vivo quanto sempre esteve. Deus é o mundo criado, na medida em que é algo definido e, portanto, diferenciado do Anticosmo. Deus é uma qualidade do Anticosmo, e tudo o que afirmei sobre o mundo criado é igualmente verdadeiro no que a Ele se refere.
Entretanto, Deus se distingue do mundo criado, pois é menos definido e definível do que o mundo criado em geral. Ele é menos diferenciado que o mundo criado, porque a essência do seu SER é a efetiva plenitude; e só na medida se Sua definição e diferenciação que Ele é idêntico ao mundo criado; portanto, Ele representa a manifestação da efetiva plenitude do Anticosmo.
Tudo o que não diferenciamos precipita-se no Anticosmo e anula-se com seu oposto. Portanto, se não discernimos Deus, a plenitude efetiva elimina-se para nós. Deus é também o próprio Anticosmo, da mesma forma que cada um dos pontos mais minúsculos dentro do mundo criado, bem como no plano incriado, constitui o próprio Anticosmo.
O vazio efetivo é o ser do Demônio. Deus e Demônio são as primeiras manifestaçães do nada a que chamamos de Anticosmo. Não importa se o Anticosmo existe ou não existe, porque ele se anula em todas as coisas. O mundo criado, entretanto, é diferente. Na medida em que Deus e Demônio são seres criados, eles não se suprimem mutualmente, mas resistem um ao outro como opostos ativos. Não necessitamos de prova da sua existência; basta que sejamos obrigados a falar sempre deles. Mesmo que eles não existissem, oser criado (devido à sua própria natureza) os produziria continuamente, a partir do Anticosmo.
Tudo o que se origina no Anticosmo pela diferenciação constitui pares de opostos; portanto, Deus sempre tem consigo o Demônio.
Como aprendestes, esse inter-relacionamento é tão íntimo, tão indissolúvel em vossas vidas, que se apresenta como o próprio Anticosmo. Isso porque ambos permanecem muito próximos do Anticosmo, no qual todos os opostos se anulam e se unificam.
Deus e Demônio distinguem-se pela plenitude e pelo vazio, pela geração e pela destruição. A atividade é comum a ambos. A atividade unifica-os. Eis por que ela permanece acima de ambos, sendo Deus acima de Deus, por unificar plenitude e vazio em seu trabalho.
Há um Deus sobre o qual nada sabeis, porque os homens esqueceram-no. Nós o chamamos por seu nome: GALDRUX. Ele é menos definido que Deus ou o Demônio. Para distinguir Deus dele, chamamos a Deus Helios, ou o Sol.
Galdrux é a atividade; nada pode resistir-lhe, exceto o irreal, e assim, o seu ser ativo desenvolve-se livremente. O irreal não existe, portanto, não pode de fato resistir. Galdrux permanece acima do sol e acima do demônio. Ele é o improvável provável, que é poderoso no plano da irrealidade. Se o Anticosmo pudesse ter uma existência, Galdrux seria sua manifestação.
Embora ele seja a própria atividade, não constitui um resultado específico, mas um resultado em geral.
Ele representa a não-realidade ativa, porque não possui um resultado definido.
Ele é ainda um ser criado, na medida em que se diferencia do Anticosmo.
O sol exerce um efeito definido, assim como o demônio; portanto, eles se nos apresentam muito mais efetivos do que o indefinível Galdrux.
Pois ele é poder, persistência e mutação.
-Nesse ponto, os mortos provocaram uma grande rebelião, porque eram cristãos.

Os mortos aproximaram-se como névoa saída dos pântanos e gritaram: -Fala-nos mais sobre o deus supremo!
- Galdrux é o deus a quem é difícil conhecer. Seu poder é verdadeiramente supremo, porque o homem não o percebe de modo algum. O homem vê o summum bonum (bem supremo) do sol e também o infinum malum (mal sem fim) do demônio, mas Galdrux não, porque este é a própria vida indefinível, a mãe do bem e do mal igualmente.
A vida parece menor e mais fraca do que o summum bonum (bem supremo), daí a dificuldade de se conceber que Galdrux possa suplantar em seu poder o sol, que representa a fonte radiante de toda a força vital.
Galdrux é o sol e também o abismo eternamente hiante do vazio, do redutor e desagregador, o demônio.
O poder de Galdrux é duplo. Vós não podeis vê-lo, porque a vossos olhos a oposição a esse poder parece anulá-lo.
O que é dito pelo Deus-Sol é vida.
O que é dito pelo Demônio é morte.
Galdrux, no entanto, diz a palavra venerável e também a maldita, que é vida e morte ao mesmo tempo.
Galdrux gera a verdade e a falsidade, o bem e o mal, a luz e a treva, com a mesma palavra e no mesmo ato. Portanto, Galdrux é verdadeiramente o terrível.
Ele é magnífico como o leão no exato momento em que abate sua presa. Sua beleza equivale à beleza de uma manhã de primavera.
De fato, ele próprio é o Pã maior e também o menor. Ele é Príapo.
Ele é o monstro do inferno, o polvo de mil tentáculos, o contorcer de serpentes aladas e da loucura.
Ele é o hermafrodita da mais baixa origem.
Ele é o senhor dos sapos e das rãs que vivem na água e saem para a terra, cantando juntos ao meio-dia e à meia-noite.
Ele é plenitude unindo-se ao vazio;
Ele constituí as bodas sagradas;
Ele é o amor e o assassino do amor;
Ele é o santo e o seu traidor.
Ele é a luz mais brilhante do dia, e a mais profunda noite da loucura.
Vê-lo significa cegueira;
Conhecê-lo é enfermidade;
Adorá-lo é morte;
Temê-lo é sabedoria;
Não resistir-lhe significa libertação.
Deus vive detrás do Sol; o demônio vive atrás da noite. O que deus traz à existência a partir da luz, o demônio arrasta para a noite. Galdrux, entretanto, é o cosmo; sua gênese e sua dissolução. A cada dádiva do Deus-Sol, o demônio acrescenta sua maldição.
Tudo aquilo que pedis a Deus-Sol leva a uma ação do demônio. Tudo o que abtendes através do Deus-Sol aumenta o poder efetivo do demônio.
Assim é o terrível Galdrux.
Ele é o mais poderoso ser manifestado e nele a criação torna-se temerosa de si mesma.
Ele é o terror do filho, que ele sente contra a mãe.
Ele é o amor da mãe por seu filho.
Ele é o prazer da terra e a crueldade do céu.
Diante de sua face o homem fica paralisado.
Ante ele, não há pergunta nem resposta.
Ele é a vida da criação.
Ele é a atividade da diferenciação.
Ele é o amor do homem.
Ele é a fala do homem.
Ele é tanto o brilho como a sombra escura do homem.
Ele é a realidade enganosa.
- Nesse ponto, os mortos clamaram e deliraram porque ainda eram seres incompletos.
Resmungando, os mortos encheram a sala e disseram: - Tus que és maldito, fala-nos sobre deuses e demônios!
-Deus-Sol é o bem supremo, o demônio é o oposto; portanto, tendes dois deuses. Há, contudo, inúmeros grandes bens e numerosos grandes males; entre eles existem dois deuses-demônios, um dos quais é o FLAMEJANTE e o outro, o FLORESCENTE. O flamejante é EROS em sua forma de chama. Ele brilha e devora. O florescente é a ÁRVORE DA VIDA; ela cresce verdejante e acumula matéria viva enquanto cresce. Eros flameja e então se apaga; a árvore da vida, no entanto, desenvolve-se lentamente através de incontáveis eras.
Bem e mal estão unidos na chama.
Bem e mal estão unidos no crescimento da árvore.
Vida e amor opõem-se mutualmente em sua divindade.
Imensurável como os agrupamentos de estrelas é o número de deuses e demônios. Cada estrela representa um deus e cada espaço ocupado por uma estrela, um demônio. E o vazio do todo é o Anticosmo. A atividade do todo é Galdrux; só o irreal opõe-se a ele. O quatro constitui o número das divindades principais, porque quatro é o número das dimensões do mundo. O Um é o princípio; Deus-Sol. O Dois é Eros, porque ele se expande com uma luz brilhante e combina duas. O Três é a Árvore da Vida, porque ela preenche o espaço com corpos. O quatro é o demônio, porque ele abre tudo o que está fechado; ele dissolve tudo o que tem forma e corpo; ele é o destruidor, no qual todas as coisas dão em nada.
Abençoado sou, porque me é dado conhecer a multiplicidade e a diversidade dos deuses. Lastimo-vos, porque substituístes a unidade de Deus pela diversidade que não se pode converter em unidade. Por meio disso, criastes o tormento da incompreensão e a mutilação do mundo criado, cuja essência e lei é a diversidade. Como podeis ser leais à vossa naturreza quando tentais fazer um dos muitos? O que fazeis aos deuses, também vos sobrevém. Todos vós se tornam, assim, iguais e, por isso, vossa natureza também, fica mutilada
Em benefício do homem pode reinar a unidade, mas nunca em benefício de deus, pois existem muitos deuses, porém poucos homens. Os deuses são poderosos e suportam sua diversidade, visto que, como as estrelas, eles permanecem em solidão e separados por vastas distâncias uns dos outros. Os seres humanos são fracos e não conseguem suportar sua diversidade, por viverem próximos uns dos outros e desejarem companhia; assim sendo, não podem suportar os próprios e distintos isolamentos. Em prol da salvação, eu vos ensino aquilo que se deve eliminar, em favor do que eu próprio fui banido.
A multiplicidade dos deuses iguala a multiplicidade dos homens. Incontáveis deuses aguardam para tornarem-se homens. Inúmeros já o foram. O homem é um partícipe da essência dos deuses; ele vem dos deuses e vai para Deus.
Do mesmo modo que é inútil pensar sobre o Anticosmo, é inútil adorar essa pluralidade de deuses. Menos útil ainda é adorar o primeiro Deus, a efetiva plenitude e o bem supremo. Através de nossas preces, não podemos nem acrescentar-lhe algo nem subtrair-lhe, porque o efetivo vazio tudo absorve. Os deuses de luz compõem o mundo celestial, que é múltiplo e estende-se até o infinito, expandindo-se ilimitadamente. Seu senhor supremo é o Deus-Sol.
Os deuses das trevas constituem o inferno. Eles não são complexos e têm a capacidade de diminuir e encolher infinitamente. Seu senhor mais profundo é o demônio, o espírito da lua, o servo da terra, que é menor, mais frio e mais inerte do que a terra.
Não há diferença no poder dos deuses celestiais e terrestres. Os celestiais expandem-se, os terrestres contraem-se. As duas direções estendem-se ao infinito.