A PUNIÇÃO
Havia um prisioneiro
amarrado em uma cadeira de plástico cor de rosa. Em seus braços haviam
correntes de pelúcia e em sua cabeça uma coroa com antenas que piscava uma
luzinha azul. O quarto escuro e úmido deixava-o com alergia respiratório e com
asma. A porta range e entra uma figura esguia de batina. Era um padre
paroquial. Estava com um crucifixo em sua mão e andava em direção ao
prisioneiro. Segurou a cabeça e colocou o crucifixo próximo da genital de seu
encarcerado e começou a cantar:
- “Jingle bell...
Jingle bell... acabou a sua festinha...”
O prisioneiro começou a
chorar com gemidos de dor. O padre estava apertando sua genital com o crucifixo
e deu-lhe um tapa da na cara. O padre foi em direção a mesa e trocou o
crucifixo por um cortador de unhas.
-“ é incrível como as
pessoas são... Veja você! Ontem estava em uma festa de carnaval e hoje você
está aqui... Gozado não?”
O prisioneiro chorava e
gritava abafado se mexendo todo tentando escapar. O padre com o cortador de
unha começou a arrancar unha após unha. Todas da mão. O padre começou a
exclamar:
-“Por que? Por que você
mastigou a hóstia? PORQUE? INFELIZ!
COMEU CORPO DE JESUS! FODEU COM ELE!! POR QUE?”
O padre enfurecido
olhava para seu prisioneiro, que estava chorando e gemendo de dor, começou a
rir... Foi dançando e cantando para pegar uma piroca de borracha da cr púrpura.
Passou a piroca artificial no leite condensado e bateu forte na cara do
prisioneiro.
-“Toma infeliz! Toma a
piroca do Jesus! Comeu a hóstia e agora coma a piroca dele!!”
O padre derrubou a
cadeira no chão e jogou um balde de água gelada sobre ele. Conectou dois fios
desencapados e ligou o terminal de energia. O prisioneiro torrou com a
eletricidade e o padre rezava a oração do Pai Nosso enquanto observava o prisioneiro
sofrer de dor sendo queimado vivo pela corrente elétrica que passava pelo
corpo.
No dia seguinte,
enquanto o padre realizava a missa semanal, a polícia investigava o
desaparecimento de um jovem de 23 anos. Os pais do jovens estavam na igreja
pedindo para que uma benção divina lhe caiam. O padre no fim da missa recebeu
os pais desamparados.
-“O que aflige vocês?”
-“nosso filho
desapareceu. Saiu de casa e não voltou mais”
-“As vezes a vontade de
Deus seja a liberdade de vosso filho. O melhor para ele nem sempre seja o
melhor para vocês”
O padre deu o consolo
aos pais sobre o pretexto da vontade divina
não ser condizente com as dos pais.
O jovem jamais foi
encontrado e o padre permaneceu em sua função. Os pais mudaram de cidade e
perderam a esperança de reencontrar seu filho.
Fim...
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